Este inferno de amar, como eu amo! Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome. Que é a vida, e que a vida destrói. Como é que se veio atear, quando, ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado, a outra vida que dantes vivi. Era um sonho talvez... foi um sonho, em que paz tão serena dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim, despertar? Só me lembra que um dia formoso eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? Eu que fiz? Não no sei; mas nessa hora a viver comecei...
15.10.09
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penso que já vi isto em algum lado :)
ResponderEliminarlol serendipity
ResponderEliminarainda hoje peguei num livro chamado amor na literatura portuguesa de 1948 e, no meio de muita lamezordnessness á portuguesa, li esse poema e achei muito catita n_n
Almeida Garrett certo?
nice choice
nice blog
:)